sexta-feira, 6 de março de 2015

Alagoana vira destaque em Harvard.



Ela tem 20 anos, estuda economia na prestigiada Universidade de Harvard e já exibe um currículo invejável a qualquer estudante.
Além de inteligente e esforçada, a alagoana Larissa Maranhão também é persistente: recusada na instituição norte-americana na sua primeira tentativa, ela insistiu até passar.
Larissa é hoje um dos 13 estudantes brasileiros de graduação em Harvard -- e a única brasileira do Nordeste. 
A rotina é puxada – dizem que o aluno tem que estudar três horas para cada uma das horas de aula – e a garota tem ainda outros compromissos.
"Aqui, as atividades extracurriculares são quase tão importantes como o curso em si", conta a garota que se mudou há um ano e meio para Cambridge, nos Estados Unidos.
Além de estudar, ela co-preside a Associação Brasileira de Harvard -- lá, as instituições nunca têm um só líder, e ela divide o posto com Tábata Amaral – e integra um grupo de consultoria a startups. 
Também foi selecionada como líder de torcida da universidade. De agosto a dezembro, ela anima as temporadas do futebol americano. De janeiro a junho, é a vez do basquete. "Na verdade eu queria remar, mas água era muito fria", confessa a alagoana. "Como gosto de dança e de esporte de força, a torcida é algo diferente, em que você participa, faz acrobacia, pula."

Larissa passou um mês e meio na Índia ensinando inglês em comunidades pobres

Persistência

No início de 2012, Larissa tentou pela primeira entrar em Harvard, mas não conseguiu. "Eu me atrapalhei no primeiro ano e não fiz um trabalho tão bom", explica.
Então, ela resolveu usar a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) e conseguiu uma vaga em economia na UFRJ (Universidade Federa do Rio de Janeiro). A temporada fluminense não durou muito: ela se desanimou diante da longa greve de professores e funcionários naquele ano.
Resolveu passar um mês e meio na Índia, engajada em um projeto de ensino de inglês em comunidades pobres como voluntária. Na volta, refez algumas das provas do SAT, o Enem norte-americano, reescreveu as cartas de apresentação, podendo incluir a experiência no exterior. Dessa vez, também contou com a assessoria da Fundação Estudar na parte burocrática, dos documentos.
Em 2013, a boa notícia finalmente chegou: em 28 de março, a jovem recebeu a confirmação do ingresso em Harvard.

Bolsa de estudos

Para pagar os US$ 60 mil anuais da universidade, ela conta com uma bolsa da Fundação Estudar. Nesse pagamento estão incluídas alimentação e hospedagem -- 99% dos alunos moram nos alojamentos, conta Larissa.
"Às vezes ajudo em eventos, a cada semestre ajudo a organizar os dormitórios [para ganhar dinheiro para os outros gastos]", conta a estudante. "No verão, trabalho e junto meu próprio dinheiro." 
A bolsa com a fundação foi prêmio pelo seu trabalho voluntário no blog EnemRED em que ela compartilha suas dicas para uma boa redação do Enem – ela tirou nota 1.000 na prova de 2011 e passou a ser questionada sobre estratégias para um bom texto.
A ideia de Larissa é retornar ao país quando a graduação terminar: "Quero voltar para o Brasil, contribuir com o desenvolvimento do próximo", afirmou.
Por fim, ela manda um recado a quem se inspirou com a história de sua vida: "A mensagem que aprendi e que passo é que, apesar de qualquer sonho parecer ousado, ele está longe de ser inalcançável." E ela é prova disso.

fonte: educação.uol.com.br


segunda-feira, 2 de março de 2015

SP regulamenta passe livre para estudante; saiba quem tem direito

Regras foram publicadas no Diário Oficial desta sexta-feira (27).Têm direito estudantes dos ensinos fundamental e médio, entre outros.


A regulamentação do passe livre para estudantes no Metrô, CPTM e nos ônibus da EMTU foi publicada nesta sexta-feira (27) no Diário Oficial do Estado. Estudantes dos ensinos fundamental e médio matriculados na rede pública e estudantes de universidades públicas com renda familiar per capita menor que um salário mínimo e meio (valor nacional)  têm direito ao benefício.
Estudantes de cursos técnicos e profissionalizantes públicos também vão poder usar o transporte coletivo de graça.
A distância da casa do estudante até a escola tem que ser de pelo menos 1 km. Ele vai ter direito a 48 viagens nos meses de aula e 24 durante as férias, nos meses de julho e dezembro.

É preciso se cadastrar no sistema que for usar: no Metrô, na CPTM e EMTU. O governo do estado informou que o cadastro vai estar disponível na página da internet dessas empresas.

Segundo a regulamentação, os estudantes têm o compromisso de fornecer informações “verídicas e completas” para a concessão do benefício. Caberá às instituições de ensino enviar aos órgãos gerenciadores responsáveis o cadastro dos estudantes matriculados no ano letivo corrente e manter atualizado o cadastro.
QUEM TEM DIREITO À GRATUIDADE NO TRANSPORTE PÚBLICO?
 
Metrô, trens da CPTM e ônibus da EMTU
Ônibus municipais
Estudantes dos ensinos fundamental e médio da rede pública
Têm benefício automático
Têm benefício automático
Estudantes dos ensinos fundamental e médio da rede privada
Não têm benefício
Não têm benefício
Estudantes de curso de ensino superior da rede pública
Têm benefício, desde que comprove renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo nacional (R$ 1.182)
Têm benefício, desde que comprove renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo nacional (R$ 1.182)
Estudantes de curso de ensino superior da rede privada
Têm benefício, desde que comprove renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo nacional (R$ 1.182)
Não têm benefício
Bolsistas do Prouni (Programa Universidade para Todos)
Têm benefício automático
Têm benefício automático
Financiados pelo Fies (Fundo de Financiamento Estudantil)
Têm benefício automático
Têm benefício automático
Integrantes do Programa Bolsa Universidade (Programa Escola da Família)
Têm benefício automático
Têm benefício, desde que comprove renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo nacional (R$ 1.182)
Atendidos por programas governamentais de cotas sociais
Têm benefício automático
Têm benefício, desde que comprove renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo nacional (R$ 1.182)
Estudantes de cursos profissionalizantes de nível técnico da rede estadual
Têm benefício automático
Têm benefício se estiver integrado ao Ensino Médio
Beneficiados do Pronatec
Não têm benefício
Não têm benefício
Fonte: Governo do Estado de São Paulo e São Paulo Transporte (SPTrans)
Outras dúvidas:

- Quais são exigências básicas para obtenção do passe livre?Ter o Novo Cartão Bilhete Único; cadastro liberado na SPTrans; morar a mais de 1km da escola, ter ligação de transporte coletivo entre a casa e a escola, além de não ter outro benefício de gratuidade nos transportes (Deficiente, Idoso, Vai e volta, etc).
- Pós-graduandos têm direito à gratuidade?Apenas alunos da escola privada que tenham Fies podem obter gratuidade no transporte. No entanto, ela será proporcional ao número de viagens até a universidade.
Relacione todos os familiares que moram na casa do estudante mesmo que não tenham renda. Some todos os salários e divida pela número de pessoas relacionadas. Desta maneira, se saberá a renda per capita (por pessoa). Se essa renda for inferior a R$ 1.182, o estudante tem direito à gratuidade nos casos em que há essa exigência.
- Há um limite de viagens gratuitas?
A concessão das cotas é proporcional aos dias de aula, em um limite de 48 viagens por mês. Como cada viagem de ônibus pode ter até quatro embarques, o limite mensal é de 192 embarques. No caso de trens e metrô, os estudantes poderão usar 48 passagens gratuitas por mês. Se não usarem, as passagens não ficam acumuladas para o mês seguinte.
1º) Escolas enviam os dados sobre a confirmação da matrícula em 2015 para SPTrans.
2º) Estudante deve checar se os dados foram encaminhados para SPTrans pelo site (https://scapub.sbe.sptrans.com.br/sca/estudante/login.jsp) e, eventualmente, completar alguma informação pendente. Caso a escola/universidade não tenha feito, o aluno deve procurar a instituição.
3º) Acesse o cadastro para solicitar/revalidar o cartão. Quem não tiver o Novo Bilhete do Estudante deverá solicitar um: https://scapub.sbe.sptrans.com.br/sa/acessoPublico/index.action. Ele deve ser retirado na escola.
2º) Três dias após o pagamento o benefício será liberado. Antes de se deslocar a um ponto de venda, acesse seu cadastro, em Estudante/Declaração de Baixa Renda e veja se aparece a mensagem: "Você já possui direito à gratuidade".
3º) Vá a um ponto de venda e recarregue o cartão em uma das máquinas de recarga automática de vale-transporte.
Para mais informações, visite a página da SPTrans:
http://www.sptrans.com.br/noticias/noticia.aspx?6005

- Como é feito o cálculo da renda per capita?
Veja o passo a passo para obter o Bilhete Único do Estudante:
Depois de obter o cartão, no caso de estudantes com benefício automático:
1º) Emita o boleto para pagamento da taxa anual de validação do cartão: R$ 24,50 (o equivalente a 7 passagens).
No caso do estudante que precisa comprovar renda per capita:
1º) Instituição de ensino informa à SPTrans quais são os alunos que têm o benefício.
2º) Aluno deve acessar o cadastro do Bilhete Único e preencher o formulário para comprovação de renda familiar per capita;
3º) Após a aprovação, deverão ir a um ponto de venda e utilizar as máquinas automáticas todo início do mês para recarregar o cartão, gratuitamente.


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Quando os trotes viram crimes.



O sentimento dos estudantes que estreiam nestes dias no ensino superior fica dividido: de um lado, a alegria pela nova etapa, depois da vitória no Enem ou vestibular; do outro, o medo dos trotes, que em muitas faculdades chegam aos mais extremos níveis de crueldade e desrespeito. Já passou da hora de os órgãos competentes deixarem de tratar desses casos como meras brincadeiras e aplicarem as devidas penas da lei.

Em si, o trote deveria ser um rito de passagem inofensivo, marcando a mudança de status do jovem na comunidade: os veteranos, que têm o “poder”, recebem os calouros, fazendo-os passar por tarefas que valem como “rito de iniciação”.
Essa prática existe há vários séculos, nos mais diversos países, com diferentes características. No século XIV, na Universidade de Paris, os trotes envolviam humilhações como jogar fezes e lixo nos calouros. É de se supor, no entanto, que com o passar do tempo as brincadeiras fossem se tornando mais humanas e ficassem dentro dos limites do respeito pelo outro. 
Por exemplo, na Suécia, o trote consiste numa competição em que os novatos competem entre si e vão tirando as próprias roupas; na Espanha, envolve “prendas” para os calouros, como fazer serenatas para as meninas (podendo chegar a um strip-tease) ou fazê-los passear em vias públicas vestidos de mulher.
Diversos países já enfrentaram casos de violência grave. Na França, por exemplo, em certas ocasiões as práticas eram brutais, culminando com a morte de um estudante em 1998. Desde então, passou a vigorar uma lei que criminaliza o trote violento e pode levar os autores à prisão e ao pagamento de altas multas.
No Brasil, a cada semestre vemos episódios de barbárie, de estudantes queimados por ácido, obrigados a engolir substâncias tóxicas ou repulsivas, feridos gravemente e até mesmo correndo risco de morte.
Um dos aspectos abjetos das práticas que tomam essa feição é a humilhação especialmente sádica sobre as mulheres e os estudantes negros. Moças obrigadas a praticar ou simular práticas sexuais, num abuso sórdido da condição feminina, ou negros fantasiados de escravos, amarrados a postes e açoitados, são exemplos de algumas das situações mais revoltantes.
É um momento para as famílias dos jovens ficarem mais atentas. Há que processar quem comete violência e defender as vítimas. Não permitir que os próprios filhos participem de agressões. Com frequência, a maioria é apenas conivente, segue a massa. Quanto aos idealizadores das agressões, deveriam ser punidos ou tratados.
Cabe também às universidades tomar posição, mesmo quando as atividades ocorrem fora das suas instalações. Afetar a integridade moral ou física de outrem é crime previsto no Código Penal. É dever das faculdades e das autoridades judiciárias cuidar dessas mentes doentes fantasiadas de estudantes.
Diversas faculdades do nosso país já conseguiram mudar essas práticas, implementando a ideia de “trotes solidários”, que incluem atividades como doar sangue, arrecadar e doar alimentos, visitar asilos ou orfanatos. Algo bem mais construtivo para a formação profissional, cidadã e humana.

Foto: Alunos passaram por trote em faculdade em Bauru (Renata Marconi/G1)
fonte: g1.globo.com

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Médias em português e matemática no Saresp sobem

Desempenho de alunos da rede estadual subiu em 2014 em relação a 2013.
Exame tem o objetivo de analisar o sistema de ensino paulista.



Os estudantes da rede estadual de ensino de São Paulo apresentaram uma melhora no Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), segundo dados divulgados nesta segunda-feira (9) pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo.
As provas foram realizadas em novembro para mais de 2 milhões de alunos 
Os índices em português e matemática alcançados nas provas em 2014 foram maiores do que os resultados de 2013 para alunos do 5º e 9º anos do ensino fundamental e 3º do ensino médio.
Segundo a secretaria, em língua portuguesa a média subiu de 199,4 para 203,7 pontos para o 5º ano; de 226,3 para 231,4 no 9º ano; e de 262,7 para 265,6 no ensino médio.
O Saresp tem o objetivo de analisar o sistema de ensino paulista para monitorar as políticas públicas de educação. A prova é realizada desde 1996 pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.Em matemática, as médias subiram de 209,6 para 216,5 no 5º ano; de 242,6 para 243,1 no 9º ano; e de 268,7 para 270,4 no ensino médio.
As provas do Saresp 2014 foram realizadas nos dias 11 e 12 de novembro para 1,3 milhão de estudantes do 2º, 3º, 5º e 9º ano do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio da rede estadual, mais 800 mil alunos das redes particulares Sesi e Centro Paula Souza. Além de português e matemática, o Saresp teve provas de redação e ciências da natureza.
A secretaria ainda não tabulou as médias por escola.

fonte: g1.globo.com